sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Xilogravura - Giulia nº10

O que é Xilogravura?

Xilogravura é a técnica de gravura. Nela se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. È um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalhar na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida se usa um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura.

História da Xilogravura

A história da gravura está ligada, na sua origem, à história da escrita e do livro. O homem, desde seus primórdios, gravava imagens. A princípio, o contorno de sua mão nas paredes das cavernas, depois sobre superfícies de barro, pedra, metal, peles de animais e cascas de árvores. A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI No ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média. No século XVIII dois elementos novos revolucionaram a xilogravura. A chegada à Europa das gravuras japonesas a cores, que tiveram grande influência sobre as artes do século XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick. No final do século XVIII, Thomas Bewick teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, que é o instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira, Thomas diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em massa de imagens pictóricas. Mas com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia, a xilogravura passa a ser considerada uma técnica antiquada. Atualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato.

A Xilogravura no Brasil

O Brasil só desfrutou deste privilégio a partir de 1808 com a vinda da Família Real. Até esse instante vigorava, emanada de Portugal, uma proibição expressa com relação à instalação de oficinas de impressão no Brasil, sob a alegação de que a metrópole teria condições de suprir a escassa demanda da colônia. Temia-se, na realidade, pelos efeitos políticos que essa inovação técnica poderia provocar. Ainda assim, podem ser registradas algumas tentativas de introdução da imprensa no Brasil. Primeiro no Recife, sob a dominação holandesa, e depois no Rio de Janeiro, pelas mãos de um lisboeta que chegou a imprimir três ou quatro folhetos e que, em seguida, teve sequestrados todos os seus materiais e impressões. Entre os gravadores que acompanharam a Família Real ao Brasil, não se encontravam xilógrafos. Se tem notícia, de que alguns destes gravadores conheciam esta técnica, tendo inclusive realizado pequenos trabalhos, como agravação em madeira, das armas reais. A gravura foi introduzida no Brasil com a instalação da Imprensa Régia, do Arquivo Militar e do Collegio das Fábricas no Rio de Janeiro. A Imprensa Régia e o Arquivo Militar fizeram uso quase que exclusivo da gravura em metal. O Collegio das Fábricas, que abarcava a fábrica de cartas de jogar e a Estamparia de Chitas, utilizou-se de gravuras gravadas em madeira. A princípio essas matrizes eram importadas.

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